De Volta pra Categoria: o movimento que quer reaproximar o SINTE-PI da base
Um novo movimento vem ganhando força entre os profissionais da educação no Piauí. Chamado “De Volta pra Categoria”, o grupo é formado por professores, professoras, funcionários e funcionárias da rede estadual de educação que reivindicam a retomada do protagonismo da base nas decisões do SINTE-PI (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Estado do Piauí).
Coordenado pelo professor Mestre João Correia, o movimento surge a partir da insatisfação crescente com a atuação da atual gestão do sindicato, acusada por muitos de estar distante da realidade vivida nas escolas e de manter um relacionamento de submissão com o governo estadual. Segundo os organizadores, a luta sindical perdeu sua força de enfrentamento e precisa ser urgentemente resgatada.
“O SINTE-PI precisa voltar a ser um instrumento da categoria, e não um apêndice de governo. A base tem que ser ouvida, respeitada e mobilizada”, afirma João Correia.
O movimento defende pautas prioritárias como:
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A aplicação imediata do piso salarial nacional do magistério;
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Pagamento das progressões e direitos atrasados;
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Melhoria nas condições de trabalho nas escolas;
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Democracia interna no sindicato;
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Autonomia em relação a partidos e governos.
Além da atuação presencial, o “De Volta pra Categoria” aposta na comunicação direta com a base por meio das redes sociais, com vídeos, áudios e postagens que denunciam o descaso do governo e cobram ações mais firmes por parte da direção do sindicato.
O grupo já planeja lançar uma chapa alternativa nas próximas eleições do SINTE-PI, com o objetivo de renovar a liderança sindical e reconstruir um canal legítimo de luta e representação para os trabalhadores em educação.
“Estamos construindo esse movimento com coragem, escuta e diálogo. A categoria está sedenta por mudança, e nós estamos aqui para ser essa mudança”, declara João.
O “De Volta pra Categoria” representa, portanto, um sopro de esperança para quem acredita que só com participação, transparência e mobilização é possível transformar a realidade da educação pública piauiense.
Por Zezo Freittas
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