A educação municipal de Teresina enfrenta um de seus momentos mais críticos sob a atual gestão do prefeito Sílvio Mendes e do secretário de educação, vereador Ismael Silva. A desorganização e a falta de compromisso com o ensino público têm penalizado diretamente crianças e famílias, como é o caso da CMEI Eduardo Campos, na zona leste da capital. A unidade, que funcionava em tempo integral até o final da gestão passada, foi reduzida ao período matutino, prejudicando mães trabalhadoras e impactando a qualidade do aprendizado infantil.

A ineficiência da Secretaria Municipal de Educação de Teresina (SEMEC) se evidencia de forma gritante na situação da CMEI Eduardo Campos, localizada na região da Santa Iabel. Até 2024, a unidade operava em regime integral, oferecendo um ambiente seguro para que crianças pudessem passar o dia enquanto suas mães trabalhavam. No entanto, com a chegada da nova administração, a descontinuidade dos serviços tem gerado uma crise para as famílias.

A mudança brusca no funcionamento se deve à demissão de parte dos funcionários, incluindo a secretária da escola e professoras auxiliares. Sem esse suporte, as aulas foram reduzidas para apenas um turno, obrigando muitas mães a fazer ajustes drásticos em suas rotinas, sob o risco de perderem seus empregos.

Indignadas, as famílias buscaram respostas junto à direção da unidade, mas ouviram apenas que a solução depende da SEMEC. Uma comissão de mães procurou diretamente a secretaria municipal de educação, mas recebeu apenas um pedido de "paciência", sem qualquer previsão para a reposição dos profissionais demitidos.

O descaso da gestão se reflete também na falta de transparência. O portal O Âncora entrou em contato com o secretário Ismael Silva através das redes sociais, mas a resposta foi o silêncio absoluto. Enquanto isso, a população sofre com uma educação que regride em vez de avançar.

A postura da SEMEC revela um preocupante descompromisso com a educação infantil. As promessas de campanha de uma gestão eficiente e voltada para o bem-estar da população se mostram, na prática, vãs e inconsistentes. No lugar de soluções, a prefeitura tem gerado ainda mais problemas, expondo um amadorismo inadmissível para um setor tão essencial quanto a educação.

Se a SEMEC continuar ignorando as necessidades das crianças e suas famílias, as consequências serão irreversíveis. A educação municipal de Teresina caminha para um abismo, e a responsabilidade recai diretamente sobre os gestores que, ao que parece, estão mais preocupados em evitar questionamentos do que em resolver os problemas reais da cidade.

Por: Zezo Freittas